A indústria da moda enfrenta desafios socioambientais significativos e urgentes, sendo uma das indústrias mais poluidoras do planeta. Com um consumo desenfreado e processos de produção intensivos, ela consome cerca de 20% da água disponível no mundo. Além disso, a produção em larga escala gera um enorme lastro de desperdícios e resíduos.

Segundo o Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira (IEMI), em 2019 foram produzidas no Brasil 3.262.278.000 bilhões de peças de vestuário em malha.

Um dado alarmante é que de 7% a 30% dos tecidos utilizados na produção de vestuário são descartados, contribuindo para a crescente crise de resíduos têxteis. Considerando 1m de consumo médio por peça produzida e este percentual de perda, podemos estimar que no momento do corte foram gerados de 228.359.460 a 978.683.400 milhões de metros de tecido que não foram aproveitados pelos modos convencionais de produção

O tecido ORICLA elástico surge como uma solução inovadora para trazer mais valor e circularidade à moda fitness, a partir do design e do upcycling industrial. Upcycling é o processo de transformar materiais inativos ou que seriam descartados em novas matérias-primas ou produtos com novos sentidos e valores.

ORICLA tem a capacidade de resolver 20% desta sobra, o que poderia representar a produção de 45.671.892 a 195.736.680 milhões de metros de tecido por ano a partir do que seria resíduo.

Fashion film Rever para o Brasil Eco Fashion Week 2021

• PARA O MERCADO DA MODA: cria novas oportunidades para a indústria da moda, promovendo inovação, sustentabilidade e novos negócios. Ele permite a produção de peças únicas e exclusivas, impulsionando a economia circular e reduzindo a dependência de matérias-primas virgens.
• PARA OS CONSUMIDORES CONSCIENTES: ao escolher produtos feitos com ORICLA elástico, os consumidores contribuem para um ciclo de vida mais longo dos tecidos não biodegradáveis, promovendo mais sustentabilidade e a conscientização sobre os impactos socioambientais da moda, ressignificando o seu consumo.
• PARA OS TRABALHADORES DA MODA: ORICLA elástico qualifica e mantém empregos na área da costura, fortalecendo a economia local e apoiando comunidades que dependem da indústria têxtil. Além disso, as pessoas envolvidas com o upcycling passam a ter mais conhecimento sobre o tema sustentabilidade e uma visão sistêmica dos impactos da moda.
• PARA O MEIO AMBIENTE: ao aumentar o ciclo de vida dos tecidos e evitar a produção de novas malhas sintéticas, ORICLA elástico contribui para a redução da exploração de recursos naturais, minimiza os impactos negativos como emissão de CO2, poluição invisível e especialmente reduzindo resíduos têxteis.

ORICLA elástico é o resultado da parceria entre Confecções T.Christina e Agustina Comas.

Ativa há mais de 40 anos, a Confecções T.Christina é reconhecida como uma das principais fornecedoras de moda fitness para grandes marcas e magazines nacionais, entre elas: Renner, C&A e Hering. Desde 2021, tem o Selo Ouro ABVTEX de responsabilidade socioambiental e vem investindo em tecnologia e sustentabilidade. Um dos principais focos de melhoria está no descarte inteligente dos seus resíduos têxteis.

Com a designer Agustina Comas, especialista em upcycling industrial, prototipou e desenvolveu ORICLA elástico. Agustina é pioneira na pesquisa de redesign e trabalha com o propósito de disseminar e escalar as técnicas do upcycling. É premiada pelo Fashion Futures do Instituto C&A, na categoria Inovação, em 2021; pelo Prêmio Muda, da Vogue e Sistema B, em 2020; e pelo Museu da Casa Brasileira, em segundo lugar na categoria Têxtil, em 2016.

“Em 2020, quando conheci Claudia Cicolo, diretora da T.Christina, além da empatia imediata e recíproca, caiu uma ficha sobre as grandes parcerias: é uma troca de recursos e conhecimentos que impulsiona visões de mundo. Pensamos juntas: “você tem o que eu não tenho e preciso e eu tenho o que você não tem e precisa!”, Agustina Comas.

“De repente me vi como uma grande poluidora e nada mais fez sentido. Por causa do compromisso com meus clientes e colaboradores, entendi que não adiantava sair de cena e que era hora de mudar a atuação da empresa: deixar de ser problema para ser solução. E foi exatamente o nosso enorme volume de resíduos têxteis, quando qualificado e quantificado pela Agustina, que ressignificou o nosso trabalho e fortaleceu o nosso propósito”, Claudia Cicolo.